Nesse artigo apresento o olhar do Management 3.0 para a questão das métricas. É uma abordagem comportamental. E aí suas métricas passam nesse teste? Ou melhor, VOCÊ passa no teste comportamental diante das métricas?
(a tradução e os poucos grifos são meus).
Você tem que entender o que está medindo. A métrica não é uma meta em si mesma. Nunca se esqueça que elas apenas meios para uma finalidade maior. Comece com os porquês!
Os OKRs pregam muito isso, MÉTRICAS são diferentes de METAS, uma métrica pode suportar uma meta, mas nem sempre é suficiente para isso.
Uma métrica é apenas um subtítulo para o que você realmente quer saber. Não chegue muito rápido a conclusões. Sempre tente reduzir o tamanho do que é desconhecido no processo.
Não meça apenas coisas que irão te fazer sentir bem. Existem muitos dados em volta de nós, vamos focar naqueles que nos ajudam a melhorar o seu trabalho.
Seu trabalho depende dos outros, e vice-versa. Nunca otimize as métricas para apenas uma parte interessada. Em vez disso, meça o seu trabalho com múltiplas perspectivas.
O observador geralmente influencia sua própria métrica, e elas sofrem todo tipo de vieses. Tenha uma atitude saudável e cética a respeito de qualquer número reportado.
Quando as pessoas tem alvos, elas têm uma inclinação a focar neles em vez do propósito real. Evite essa tendência e mantenha seus alvos mais vagos.
Andy Groove em seu clássico Goals Gone Wild bate nas métricas adversas, que motivam os colaboradores a quebrar regras éticas para bater a meta. A solução dele é um pouco diferente, em vez de ter metas imprecisas, garanta que cada métrica tenha uma métrica para combater seus efeitos adversos (uma contra métrica). Se você recebe um bônus para realizar seu trabalho, com o tempo, você vai ficar muito bom em receber bônus, não necessariamente em fazer um bom trabalho. A história das cobras indianas é simbólica. Segue o link do artigo do Andy Grove https://hbswk.hbs.edu/item/goals-gone-wild-the-systematic-side-effects-of-over-prescribing-goal-setting
Cada um de nós é responsável pelo nosso próprio trabalho. As métricas nos ajudam a melhorar esse trabalho. No entanto, todos deveriam ser responsáveis pelas suas próprias métricas.
Refraseando, seria: defina métricas que coloquem sua pele em jogo e que elas carreguem riscos que você vai correr, não os riscos dos outros. Como diz N. N. Taleb: "own your risks" e tenha "skin in the game"
Incentivos matam a motivação intrínseca das pessoas. Eles levam a comportamentos disfuncionais nas organizações. Não incentive as pessoas a fazer o trabalho que elas foram contratadas para fazer.
O comportamento humano é complexo, e as pessoas tendem a “jogar” com o sistema. Para prevenir isso, seja transparente sobre só valores, intenções e as métricas que todos estão usando.
Números tendem a desumanizar tudo. Substitua dígitos por cores e figuras, e mantenha as métricas próximas do trabalho que está sendo feito.
A maioria das pessoas não medem com a frequencia necessária. Meça mais cedo e mais rapido para evitar que os riscos e problemas atinjam um tamanho dificil de lidar.
Não é uma boa idéia fazer as mesmas coisas repetidamente. O ambiente muda o tempo todo. A mesma coisa deve acontecer com a maneira de medirmos.
Fonte: Appelo, Jurgen. "Management 3.0 Workout: Games, Tools & Practices to Engage People, Improve Work, and Delight Clients." (2014).
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