19 anos do Manifesto Ágil


Muito se falou sobre o aniversário 19 anos do Manifesto Ágil. E aqui vai meus 2 cents.

A primeira vez que olhei para ele, nos anos de 1990, no treinamento de Scrum do mestre @Alexandre Magno. Logo percebi que o Manifesto tinha um teor altamente filosófico. A empresa não seria ágil se não passasse por uma revisão completa de valores.

À época, junto com outros colegas GPs da Big Blue,pensávamos: isso é interessante, mas, como é que vai encaixar em um projeto de implementação de um Software de Gestão? Essas implementações são cheias de nuances, complexidade, e muito pouco espaço para variações de escopo. Era como tentar moer um Elefante vivo em uma máquina de moer carne.

Nos dias atuais, estamos diante do maior “hype cycle” da história. Por uma serie de fatores críticos de sucesso, os métodos de transformação tem sido pouco eficientes, e os critérios de sucesso não são claros, é o momento da insatisfação com os resultados, mas, ao mesmo tempo, a percepção que não há como voltar atrás sem prejuízos até na imagem da organização.

Também há forte resistência do “middle management” para uma verdadeira transformação. Acredito que chegaremos em um momento em que todos os colaboradores da empresa se auto-intitularão “agilistas”, enquanto a empresa continuará a operar de maneira tradicional. Aí entram os fatores críticos de sucesso, que cada vez mais serão discutidos daqui em diante.

Hoje, gosto de comentar que, só seremos agilistas de verdade, se nos incomodarmos quando as coisas na organização acontecerem muito distantes do Manifesto. Mas, há uma distancia grande entre “puristas” e “xiitas adoradores de frameworks”. O próprio Manifesto pressupõe uma gradualidade e não discrição. No início das equipes ágeis, nos deparávamos muito com esse segundo perfil. E, não era raro, em reuniões importantes ouvirmos: nós não vamos documentar nada pois isso não é ágil. Mesmo diante de necessidades de controles regulatórios e pesadas multas. Esse perfil não tem mais espaço no mercado.

Alguns estudos acadêmicos já começam a mostrar que as empresas que percebem melhor a transformação ágil, são aquelas que tem em seus quadros os tais “agilistas puristas”. Não adianta tentar fazer transformação, e se adequar a o “status-quo” na primeira dificuldade, ou, quando o primeiro vício gerencial é desnudado por um método ágil. A posição da alta gerência a reforçar que: é um caminho sem volta.

Ele ficou um pouco desatualizado, e com alguns “gaps”, como o caso da aprendizagem que muitos alegam que não aparece nos valores do Manifesto, e, eu, entendo que estejam no pilar de reagir à mudanças. E, a entrega de software como principal medida de progresso, foi redefinida pelos pensadores da inovação para: entrega de valor como principal medida de progresso. Mas, ele ainda continua atual, e transformador em sua essência.

 

 

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