Mindset ou Framework, o que vem primeiro?


O mundo da agilidade é um mundo de mistificações e erros de interpretação. Um dos mais perigosos é a que coloca os frameworks ágeis dependentes do mindset. O pensamento é mais ou menos assim:

“não adianta implementar o framework se a empresa não tiver o mindset”.

Quando você questiona essas pessoas, elas logo vêm com essa imagem muito conhecida abaixo.

Os frameworks ágeis não foram inventados. Eles são um conjunto de boas praticas que já haviam sendo adotadas pelo mercado, especialmente pelas empresas que nasceram em modelos disruptivos.

Os criadores dos frameworks famosos, tiveram a perspicácia de entender que aquele conjunto de práticas sugeria um novo modelo de trabalho. Entenderam também que esse modelo era superior ao tradicional (cascata), e teria chances de ser adotado em escala. Ah, eles também foram astutos para criar nomes que pegaram como "memes".

Então, as organizações disruptivas já nasceram com o mindset ágil, e suas boas práticas se transformaram em um framework.

Por outro lado, as empresas tradicionais precisam olhar o gráfico no sentido contrário.

Elas não têm o mindset ágil como padrão de trabalho. Logo precisam aplicar os framework de maneira disciplinada para transformar sua cultura. E precisam adotar vários frameworks para isso. É muito comum observarmos organizações que implementaram Scrum e conseguiram um grande desempenho, mas que deixaram um Gap motivacional nas equipes, sendo necessário adotar outros frameworks para corrigir esses problemas como Management 3.0, OKR.

Os frameworks ágeis são simples de entender e difíceis de praticar, portanto qualquer flexibilização pode causar confusão na transformação cultural, e baixo desempenho das entregas.

Quando visito as Squads do Cliente e ouço as pessoas dizerem que usam o “scrumban” ou "scrumbut", tenho certeza que elas não tem a menor ideia do que estão fazendo. Nesses lugares, a primeira coisa a se fazer é executar o framework de maneira correta para resgatar a produtividade das equipes e a confiança dos POs, GPs, e demais stakeholders. E, não, o "scrumbut" não vai evoluir sozinho para um coisa boa.

Para saber mais:

Management 3.0: leading Agile developers, developing Agile leaders. Jurgen Appelo

The Toyota way to lean leadership JK Liker, GL Convis (Shu Ha Ri)

 

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